Militante trans italiana é escoltada para fora de Parque Olímpico em Sochi por fazer protesto gay

No Domingo, em Sochi, a ex-deputada e transexual italiana Vladimir Luxuria foi detida e escoltada para fora do Parque Olímpico das Olimpíadas de Inverno por usar roupas, guarda-chuva e leque de arco-íris e segurar um cartaz com a frase “gay é ok”, em russo e inglês. No Twitter a italiana postou sua intenção de afrontar as leis russas que proíbem a propaganda gay no país. “Estou em Sochi! Saudações com as cores do arco-íris na cara do Putin” disse ela na rede social.

 
Segundo a trans, que não é operada, ela foi detida por policiais a paisana e liberada apenas na manhã seguinte mas as autoridades russas e do Comitê Olímpico Internacional (COI) negam e dizem que ela foi apenas escoltada, sem truculência, para fora do parque, por policiais. Um vídeo da imprensa italiana mostra que o ativista foi colocado dentro de um carro não identificado. Luxuria alega que ficou detida por cerca de 3 horas.
 
“Nós pediríamos a qualquer um para fazer isso em qualquer outro lugar fora do Parque Olímpico e de arenas olímpicas. Eu entendo que ela estava no local por uma, duas horas, andando, conversando com espectadores. Alguns a favor, alguns contra, alguns muito contra, mas sei que ela queria fazer sua demonstração por lá, e penso que, após algumas horas, ela finalmente foi escoltada de maneira pacífica da área, não detida, e eu acho que ela mesma postou em uma rede social que tudo foi muito educado”, afirmou o diretor de comunicação do COI, Mark Adams, para a imprensa.
 
A detenção ou proibição seguindo a lei russa foi a primeira registrada nos jogos e aconteceu no 12° dia da competição. A prisão de Luxuria foi acompanhada pela mídia e pelo governo italiano. Ela afirma que foi bem tratada mas que foi alertada a não carregar cartazes dentro da área olímpica. Ao ser libertada ela postou: “Amanhã estarei de volta a Sochi”.
 
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