“Os estados leigos precisam justificar a união civil a fim de regular as diversas situações de coabitação, motivados pela necessidade de regulamentar os aspectos econômicos entre as pessoas, como, por exemplo, assegurando a assistência médica”, ponderou o pontífice sobre o tema. “É preciso olhar os casos diversos e avaliá-los em sua variedade”, disse o papa que teria pedido um amplo estudo para entender a questão.
“A questão não é mudar a doutrina mas ir mais fundo e ter certeza de que a pastoral considera a situação e o que cada pessoa tem a capacidade de fazer”, revelou o religioso . Em Outubro, o assunto deverá ser discutido no Sínodo convocado pelo papa. Sobre os valores católicos acerca da sexualidade e ética médica, chamados por Bento XVI de “valores não negociáveis”, Francisco, indicado ao Nobel da Paz este ano, afirmou que não conhece tal expressão “valores não negociáveis”. “Valores são valores, ponto. Eu não posso afirmar entre os dedos de uma mão qual deles é menos útil do que o outro. Por isso não posso entender o sentido de haver valores inegociáveis”, afirmou o papa.
Papa Francisco tem dado boas declarações contra a homofobia e sobre a inclusão dos homossexuais na Igreja. No ano passado ele afirmou que os gays não podem ser julgados se puros de coração, que a igreja deveria pregar a inclusão e até fez uma ligação a um gay francês que enviou uma carta pedindo conselhos. Esta semana o papado do religioso argentino completa seu primeiro ano.