O pai, André Soeiro, de 34 anos, preso no dia seguinte, afirmou que batia com frequência no menino para ele aprender a “andar como homem”. Os corretivos vinham quase todos os dias, já que o garoto além de desobediente gostava de lavar louça e fazer dança do ventre. O pai disse que o filho era “afeminado” e que por não chorar durante as surras ele batia mais forte, a fim de endireitá-lo. O pai também batia nas companheiras e era considerado violento.
A mãe do menino, Digna Medeiros, de 29 anos, mora em Mossoró, no Rio Grande do Norte, e desde o início ano passado não via o filho, enviado ao Rio de Janeiro para morar com o pai. O homem que matou o próprio filho vivia com a companheira e outras cinco crianças em uma casa de três cômodos e já havia cumprido pena por tráfico de drogas. Depois de um ano viu seu filho no caixão, em seu enterro.
A última sessão de espancamento do filho teve como motivo a negativa do menino de cortar os cabelos. Por duas horas a criança apanhou do homem que ganhou o apelido de Monstro de Bangu. Outro filho do homem, de 12 anos, também já teria sido vítima da homofobia do pai, que rejeitou por não o achar másculo o suficiente, o pai tentou bater nele mas foi impedido por um tio, os dois quase não se falavam, revelaram parentes à imprensa local.