Rio: Pai mata filho de 8 anos depois de espancar menino “para ele virar homem”

A homofobia não tem limites e gera atrocidades chocantes. Alex André, de apenas 8 anos de idade, deu entrada no dia 17 de fevereiro sem vida no Pronto Atendimento (UPA) de Vila Kennedy, Zona Oeste do Rio de Janeiro, depois da última sessão de espancamento de sua curta existência. O corpo estava cheio de marcas e a autópsia revelou que o fígado dilacerado provocou hemorragia interna o levou à morte.

O pai, André Soeiro, de 34 anos, preso no dia seguinte, afirmou que batia com frequência no menino para ele aprender a “andar como homem”. Os corretivos vinham quase todos os dias, já que o garoto além de desobediente gostava de lavar louça e fazer dança do ventre. O pai disse que o filho era “afeminado” e que por não chorar durante as surras ele batia mais forte, a fim de endireitá-lo. O pai também batia nas companheiras e era considerado violento.

A mãe do menino, Digna Medeiros, de 29 anos, mora em Mossoró, no Rio Grande do Norte, e desde o início ano passado não via o filho, enviado ao Rio de Janeiro para morar com o pai. O homem que matou o próprio filho vivia com a companheira e outras cinco crianças em uma casa de três cômodos e já havia cumprido pena por tráfico de drogas. Depois de um ano viu seu filho no caixão, em seu enterro.

A última sessão de espancamento do filho teve como motivo a negativa do menino de cortar os cabelos. Por duas horas a criança apanhou do homem que ganhou o apelido de Monstro de Bangu. Outro filho do homem, de 12 anos, também já teria sido vítima da homofobia do pai, que rejeitou por não o achar másculo o suficiente, o pai tentou bater nele mas foi impedido por um tio, os dois quase não se falavam, revelaram parentes à imprensa local.

 

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