Na época, o jovem confessou o crime e alegou que foi tirar satisfação com o escritor depois que um cheque no valor de R$130, pagamento de um programa sexual, voltou. No julgamento, a mãe do rapaz, testemunha de defesa, acusou a polícia de intimidar a sua família. O acusado alegou que foi torturado. O advogado de defesa e o advogado que assinou a confissão do acusado entraram em discussão em plenário, depois que a defesa demonstrou que ele era amigo da família Bueno, obrigando o juiz a interromper o julgamento e aplicar advertências.
No fim, a dúvida razoável da culpa do rapaz prevaleceu e ele foi inocentado. Ausência de provas periciais concretas e as suspeitas levantadas sobre uma fraude para a confissão e tortura policial, apontadas pela defesa, com a hipótese de que outra pessoa poderia ter cometido o crime, inocentaram o acusado. Do lado de fora, revolta de familiares e amigos. Faixas com frases de autoria de Wilson Bueno ocupavam as galerias do Tribunal do Júri.
O Ministério Público do Paraná (MP) já pediu um novo julgamento. O delegado de Colombo que conduziu a prisão e confissão está afastado depois de suspeitas de tortura e violência para obter confissões falsas de acusados no caso Tainá, bem como o advogado que testemunhou a confissão já ter atuado para parentes de Bueno, colaboraram para a falta de crença do júri na investigação da morte de Bueno. Mas o MP alega que a defesa não apresentou uma tese senão ignorar a confissão do réu, que foi aceita como prova depois de processos do julgamento antes de ir a júri.