Mas, na terça-feira passada, lá estava Ideli Salvatti assumindo a Secretaria de Direitos Humanos. Na ocasião, mais uma vez, a presidente Dilma fez discurso para conter os ânimos dos evangélicos e afirmou que seu governo olha com atenção as “opções religiosas e sexuais” das pessoas. A mesma história e lenga lenga já duram mais de 11 anos do governo PT, que diz que fez mais que os outros nas questões LGBT mas que na prática não fez nada mais do que criar circos e dar dinheiro a ONGs e seus eventos. E na posse da nova ministra, alguns militantes gays sem memória fazendo palanque. O que uns chamam de articulação ou apoio político, facilmente pode-se observar uma relação simbiótica e fisiologista.
Mais surpreendente ainda foi a ex ministra da pasta Maria do Rosário se comprometer a colocar em votação um projeto de lei que criminaliza a homofobia agora que volta à Câmara como deputada. Se como ministra por três anos não conseguiu realizar o fato e foi traída pela própria governança… Ora, será o povo tão burro assim para acreditar? O PT mais uma vez negocia e faz cena. Quer o retorno do apoio dos evangélicos para a reeleição a presidente e, para isso, sinaliza que vai aprovar leis pró gays. Então os evangélicos ressurgem para negociar e novamente colocam os direitos LGBT na geladeira. Foi assim nestes três mandatos. Dizem que apoiam mas não mexem uma palha, o fato é que não há interesse político em se aprovar leis importantes para a comunidade gay.
O deprimente é ver militantes gays caindo nesse conto do vigário, ou inocência nossa em achar que eles se importam ou tem um pouco de dignidade nessas horas.