A Ponte da Amizade, que liga Foz do Iguaçu, no Brasil, a Ciudad del Este, no Paraguai, foi palco de um trágico pacto de amor nesta quarta-feira. As adolescentes paraguaias Mabel Bogado e Élida Marlene Rolón Rodas, que faltaram aula naquela manhã no colégio “Jardín del Oriente”, em Minga Guazú, foram vistas na mureta da ponte, antes de se jogarem agarradas no Rio Paraná. No local deixaram mochilas rosas e uma carta de adeus, itens pelos quais foi possível identificar as moças de 15 anos e o motivo da tragédia. Antes de se jogarem, cena que foi filmada pelas câmeras de segurança, elas fizeram ligações com o celular.
“Não me importa se estás longe de mim ou perto, igual eu te amo, Nem a distância fará com que deixe de te amar. Não me importa se estás longe de mim ou perto, igual eu te amo. Nem o distanciamento que tivemos sem nos falar, sem estarmos juntas, foi motivo para que duvide que te amo. Como se pode estar apaixonado por alguém a quem não se viu. O amor se sente com o coração, não com os olhos”, diz a carta escrita por Élida.
Apesar da clara mensagem de amor, as famílias dizem que o motivo das duas moças, que estudavam juntas no nono ano de uma escola pública, de se jogarem abraçadas para a morte, foi o fato de uma não estar contente com a situação econômica enfrentada por seu pai e a outra por ter sido flagrada fumando maconha há alguns dias. Esta é a versão repetida pela imprensa paraguaia que afirma ainda que o namorado de uma delas tentou se matar ao saber da morte da amada.
Ao que mostra a carta, por algum motivo, se é que a carta se refere às duas moças, elas foram obrigadas a ficarem distantes e tomaram a trágica decisão para provar o amor que sentiam. Os corpos ainda não foram encontrados, mas dificilmente elas sobreviveram à alta queda no rio agitado. A polícia brasileira e a paraguaia atuam na busca das garotas.
Confira as imagens captadas pelas câmeras de segurança: