CTG pró gay

Uma polêmica levantada no mês passado em Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, movimentou as rodas de conversas gaúchas. Um dos 30 Centros de Tradições Gaúchas (CTG) da cidade, o Sentinela do Planalto, presidido pelo advogado e vereador Gilbert Gisler, local não filiado ao Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG) por falta de pagamento das anuidades, autorizou o uso do espaço para a realização de casamentos entre pessoas do mesmo sexo.

O clube não é obrigado por lei a promover a idéia, não houve um pedido, mas a diretora da entidade e juíza Carine Labres recebeu a autorização do presidente do local para casamento coletivo gay público como forma de mostrar o respeito à igualdade e promover diminuição da imagem machista dos gaúchos, o que provocou manifestações de todos os tipos. A polêmica fez com que os outros clubes tradicionalistas da cidade se manifestassem contra o CTG que classificaram de ilegítimo.

O MTG não afirmou ser contra ou a favor da idéia mas insinuou que o político está se promovendo às custas da polêmica. Em todo caso, a discussão foi válida e, infelizmente, podemos ver que o machismo e ignorância ainda reinam nos pampas.

 

 
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