Na tarde desta quarta-feira, a vereadora Carla Pimentel (PSC) apresentou uma moção de repúdio na câmara dos vereadores e acusou a página de “apologia do casamento gay”, um dia depois da postagem. Antes mesmo de a moção ser votada, um pedido dos evangélicos do Legislativo causou a saída da imagem e do texto na página oficial do Executivo de Curitiba. A bancada chegou a ameaçar a governabilidade do prefeito mas para a imprensa afirmou que não era homofobia e nem questão religiosa, mas uma dever dos vereadores de acompanhar a mídia oficial da cidade e seu uso. “O casamento homoafetivo não é legalizado no nosso país, pois a Constituição somente admite o casamento entre homens e mulheres”, chegou a dizer a vereadora Carla Pimentel.
A equipe de mídia social da Prefs que vem trabalhando há mais de um ano junta e colheu diversos frutos do trabalho bem sucedido, virou case de sucesso nas universidades e recebeu convites de grandes empresas, com propostas de salários maiores, não foi consultada da decisão. Por ideologia e princípio, permaneceram na Prefeitura, mas a inédita “censura” e decisão unilateral abalou fortemente a confiança na liberdade do trabalho criativo e nos ideais para o futuro. Depois de se reunirem com o secretário de comunicação Gladimir do Nascimento e comunicar o prefeito Gustavo Fruet, a equipe também pressionou, chegando a cogitar a entrega dos postos. O clima pesado abateu a cúpula da prefeitura, revelou nossa fonte que pediu para não ser identificada. Protestos e reações diversas já estavam programadas na internet e na Câmara. De fato, apagar a imagem foi um erro, como mostraram os comentários de pessoas decepcionadas com a decisão.
Depois de consultas diversas, a Prefeitura (equipe de mídia social) admitiu que errou ao se precipitar e ceder, repostando a imagem com a mensagem: “Desculpa. A Prefs é uma equipe, formada por gente. Às vezes a gente acerta, às vezes erra. Nós erramos, e pedimos desculpas. Equipe da Prefs: Gladimir Nascimento, Taís Russo, Camila Braga, Marcel Bely, Álvaro Borba, Cláudio Castro, Marcos Giovanella, Larissa Pereira”.
Abaixo, a foto da equipe (sem o secretário e a Taís) que faz história, que não cedeu à politicagem que faz o Brasil perder tantos talentos e tempo, ceifando a liberdade de pessoas que querem apenas um país mais justo e melhor. A homofobia não só mata como também faz com que mentes criativas e brilhantes procurem lugares mais tolerantes, como afirma estudo do Banco Mundial. #ficaadica