Mais de 800 pares de irmãos, entre eles alguns gêmeos, participaram de um trabalho publicado esta semana na revista científica “Psychological Medicine”, da Universidade de Cambridge, que sugere que genes podem influenciar na orientação sexual dos indivíduos. Apesar do estudo não ser conclusivo, aponta fortes indícios de que a homossexualidade vem antes mesmo do nascimento. Realizado pelo médico Alan Sanders, que estuda genética comportamental na Universidade NorthShore, nos Estados Unidos, os resultados reforçam a tese de que genes do cromossomo X (Xq28 ) e de parte do cromossomo 8 podem estar ligados à homossexualidade, porém o estudo não comprova essa evidência. Estudos anteriores, o primeiro de 1993, já apontavam a homossexualidade sendo definida pela genética como uma possibilidade.
“Ser homossexual é mais ou menos como ter uma certa cor de olho ou pele, é apenas quem você é”, afirmou médico Chad Zawitz, que participou do estudo e classificou a descoberta como um “passo gigante”. Mais céticos, membros da comunidade científica refutaram as estatísticas obtidas por meio de coleta de DNA dos gêmeos, uma técnica considerada ultrapassada, que forneceu dados já existentes. O estudo levou sete anos para ser publicado.