Em 14 de novembro de 2010, cenas flagradas por uma câmera de vigilância na Avenida Paulista chocaram o país. Um grupo de adolescentes perseguia homossexuais com lâmpadas fluorescentes. Em uma das cenas, um rapaz é atingido na cabeça enquanto caminhava desavisado na madrugada, os moleques de classe média ainda tentam agredir o rapaz. No total foram 3 ataques.
Para relembrar o fato com irreverência, um grupo de pessoas no Facebook marcou e organizou no último sabado, na Avenida Paulista, o evento “Revolta da Lâmpada”, com adesão de dezenas de pessoas, algumas com cartazes, outras com bexigas longas semelhantes à lâmpadas brancas. O evento ganhou fôlego depois que dois jovens foram brutalmente agredidos por se beijarem no metrô por um grupo de 15 homens. O encontro, que defendeu a liberdade do uso do corpo, a criminalização da homofobia, entre outras bandeiras, terminou depois de descer a Augusta com festinha na praça Dom José Gaspar, no Centro. Mal sabiam os manifestantes que a manhã do dia seguinte seria marcado por mais um assassinato de um jovem homossexual em São Paulo.