Argentina: Projeto de pensão para transgêneros acima de 40 anos de idade causa polêmica

O movimento transexual da Argentina propôs na semana passada um projeto de lei para tornar real a ajuda do Estado para pessoas transexuais homens e mulheres que ultrapassem a média de expectativa de vida de um/a transgênero no país, estimada entre 37 e 42 anos de idade, definida como 40 anos de idade na proposta.

O pedido foi feito em memória da ativista Claudia Pía Baudracco, fundadora da ATTTA (Associação de travestis, transexuais e Transgêneros da Argentina), e da FALGBT(Federação Argentina de Lésbica, Gays, Bissexuais e Transgêneros), morta aos 42 anos de idade no ano retrasado. O projeto de lei foi apresentado ao Congresso Nacional, ao Congresso da Cidade de Buenos Aires e aos legisladores da província de Santa Fé.

O projeto existe desde a fundação das entidades é uma forma de contornar a falta de proteção e estresse permanente vivenciada pela comunidade trans argentina, um dos setores sociais mais vulneráveis e carentes de direitos.

Ao rebater as críticas sobre o impacto da proposta no orçamento, os militantes propositores da idéia alegam que o país gasta mais de 680 milhões de dólares em contratos com a Igreja Católica, para patrocinar salários, viagens e restaurações de igrejas. Rebatem ainda os argumentos de que o Estado não pode patrocinar um ‘estilo de vida’ ou ainda pessoas que não querer estudar e trabalhar, alertado que as populações trans não podem usufruir destas opções e nem mesmo que a questão de gênero é uma opção em si.

Em busca de consenso, o movimento Argentino já ganhou o respeito de defensores de direitos humanos por todo o mundo, que compreendem que as transexuais e travestis representam a parcela mais marginalizada da sociedade, alvos fáceis do ódio que as extermina em nome de uma rejeição aos diferentes.

 
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