Um nome ganhou os noticiários do mundo hoje: Tori Johnson, 34, gerente há dois anos do Café Lindt, em Martin Place, em Sidney, na Austrália, que nesta segunda-feira foi palco de uma situação de sequestro criada por uma lunático islâmico, Man Haron Monis. As quase 20 horas de tensão terminaram com a invasão da polícia depois que tiros foram ouvidos dentro do café após a fuga de algumas vítimas.
Do lado de dentro, Johnson lutava com o homem que fez 17 pessoas de reféns para evitar que ele matasse as pessoas que fugiam do local. O gerente acabou morto, assim como Katrina Dawson, que também protegia as vítimas, entre elas uma mulher grávida. Cinco pessoas terminaram machucadas pelos estilhaços do tiroteio, o terrorista também foi morto. Johnson morreu no hospital, para o desespero de seu parceiro Thomas Zinn, com quem vive há 14 anos.
Mais um herói gay, a exemplo de tantos outros, como Mark Bingham do voô 93 da United Airlines que em 2011 organizou o motim de passageiros que derrubou um dos aviões sequestrados por terroristas no dia 11 de Setembro daquele ano. O australiano Johnson deu um exemplo de civilidade e patriotismo em um país que não reconhece o casamento gay, mesmo morrendo como um cidadão de segunda classe, ele não se importou em mostrar que era um grande homem.