Um bispo da Igreja Católica Brasileira, ICAB, dissidente da Igreja Católica Apostólica Romana, abençoou um casamento gay em janeiro em Maceió, Alagoas, e foi suspenso. Para o religioso, não haveria qualquer proibição, e faria de novo. A Igreja respondeu dizendo que não defende qualquer tipo de discriminação mas que o assunto deveria ter sido discutido internamente pois a ICAB defende o “sacramento natural”, ou seja, segundo eles, entre homem e mulher.
Dom Fernando Pugliesi, 82, pode ser excomungado da instituição por conta de um casamento realizado em um salão de festas no último dia 23. O casório foi do controlador-geral de Taquarana Alan Rocha e o estudante Otávio Oliveira. O bispo de Maceió é polêmico e defendeu que as igrejas se adequem as normas do país. Antes ele já havia defendido publicamente a tese de que Jesus seria extraterrestre.
Confira a nota da ICAB:
A Igreja Católica Apostólica Brasileira não é contrária às conquistas na sociedade pela igualdade e isonomia entre as pessoas. Neste sentido, rechaçamos qualquer forma de violência verbal ou física por causa das opções e orientações que um cidadão faça em termos político, religioso, ideológico e sexual. Todavia, a Igreja Católica Apostólica Brasileira considera o comportamento sexual humano sacramental por natureza.
A Igreja Católica Apostólica Brasileira, neste diapasão, prioriza o entendimento Bíblico e a Tradição Cristã. Sacramentalmente, para a Igreja Católica Apostólica Brasileira, segundo seu Código Eclesiástico, matrimonio como Graça de Deus, somente pode ser celebrado entre Homem e Mulher. A notícia evidencia que o citado Bispo, dom Fernando Pugliese, tem a aprovação da Igreja e dos demais bispos conciliares, situação totalmente desconhecida pelo Conselho Episcopal e, obviamente, por todo o Concílio dos Bispos.
Tal atitude é um ato espontâneo, irreverente e rebelde do bispo, que segundo suas opiniões pessoais faz uso irresponsável do dom que lhe foi concedido, de forma abrupta o distribui, de forma autoritária e rebelde. Dom Fernando Pugliese não tem nenhuma aprovação de nenhuma instância da Igreja Católica Apostólica Brasileira , nem mesmo tem amparo legal e de documentos que o outorgue direitos para levar a cabo esta cerimônia.
Igreja Católica Apostólica Brasileira, representada por todos seus bispos, padres e fiéis lamentam o fato e a atitude do irmão, os mesmos repudiam essa decisão do Bispo e desaprovam tal atitude que fará com que Dom Fernando Pugliese seja sancionado pelo Tribunal Eclesiastico da Igreja por tão grande incompatibilidade com a comunhão e o colegiado dos Bispos.
O Bispo Diocesano de Maceió, Dom Rommel, também REPROVA oficialmente a realização de tal ato e jamais foi consultado sobre o acontecimento do mesmo. Lamenta o incidente em que envolve pessoas de bem, mas afirma que sua posição está em desacordo com Dom Fernando Pugliese e que a Diocese de Maceió interpreta essa ação do Bispo Auxiliar como um ato de desobediência à Igreja Particular da ICAB em Alagoas e contra a hegemonia do Concilio dos Bispos. Assim entendemos a situação e oficialmente expressamos nosso parecer sobre esta notícia veiculada pelo site g1.globo.com.
Assessoria de Imprensa da Igreja Católica Apostólica Brasileira
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