Carimbo?

Resumindo: quem transa com desconhecidos sem preservativo, ou é louco ou tem algo a passar… Ou os dois. Não faz sentido o vitimismo em torno do Clube do Carimbo. A discussão que mais uma vez foi abordada no Fantástico não tocou no principal: quem tem  o HIV não tem obrigação de contar, ainda mais para um desconhecido que insiste ou propõe transar sem camisinha. Agora, transformar isso em um comportamento de grupos, sendo que até agora não foi comprovada a existência de tais clubes, é puro oportunismo da mídia e falta de sensibildiade. Toda a discussão começou com uma suposta prática de grupos na internet de fraudar preservativos para passar o hiv, o que as matérias não confirmaram, as pessoas transam sem, nem precisa deste trabalho todo. Elas acreditam quando um desconhecido diz “eu não tenho nada”.

Bem, não há clube, e o termo carimbo em sí é pejorativo. Nos anos 80, estar “carimbado” significava que iria morrer pois a Aids se desenvolvia rapidamente e levava à morte a maior parte dos infectados. Hoje não. Não tem pais “passaporte para a morte”, que é a definição do termo. 

Então, sem neuras, de todas as partes. Há sim pessoas com problemas psiquiátricos, tanto héteros quanto homos, mas você deveria conhecer com quem você está transando, se não se importa com isso, está sim sendo negligente com a sua segurança e saúde, mas sem julgamentos. A vida é uma sequencia de escolhas e suas consequências. Você pode viver perigosamente, mas precisa assumir os riscos que isso envolve.

 

 

Redação Lado A :A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa