Gregório nasceu na terça feira do dia 11 de julho, no Hospital Fêmina, em Porto Alegre, filho de Helena Freitas, 26 anos, e Anderson Cunha, 21. Aparentemente um casal comum se não fosse o caso do pai e da mãe terem nascido com o sexo oposto ao qual hoje se sentem parte. Eles se conheceram em uma balada em 2013 e a história de amor entre a estudante de Letras e o atendente de uma lanchonete possuía muito mais do que coincidências.
A partir de uma amizade surgiu um amor. No ano passado eles decidiram morar juntos e sem planejamento este ano descobriram que Anderson havia engravidado. O rapaz que desde os 15 anos vive como Andressa, engravidou da companheira que também é transexual, desde os 19 anos de idade.
Apesar de saberem da possibilidade de gerarem uma criança os dois não planejavam o nascimento de Gregório, nome em homenagem ao poeta Gregório de Matos. Como uma amiga trans já havia passado pela mesma situação, eles tocaram a gravidez adiante enfrentando o preconceito e curiosidade das pessoas já que Anderson não abandonou sua identidade masculina durante a gestação. Helena pode assistir ao nascimento do filho gerado pelo “marido”.
Os dois possuem identidades social, documento expedido pelo governo gaúcho para as transexuais que apesar de substituir o RG no dia a dia, não pôde ser usado para registrar a criança, então Apenas Anderson consta como “mãe”. Helena pretende registrar o filho também com seu nome de nascimento. Anderson amamenta o filho que exibe saúde perfeita e se sente pai e mãe da criança.