Maria Berenice Dias recebe comenda de Direitos Humanos Dom Helder Câmara

A desembargadora aposentada e advogada, criadora do termo homoafetivo, do Estatuto da Diversidade Sexual e das Comissões da Diversidade Sexual na Ordem dos Advogados do Brasil, a gaúcha Maria Berenice Dias, foi uma das agraciadas este ano com a comenda do Senado Federal Dom Helder Câmara para as pessoas que se destacam na luta pelos Direitos Humanos no Brasil. Foi a sexta entrega do prêmio que leva o nome do religioso que lutou contra a Ditadura brasileira.
 
Em cerimônia nesta especial nesta quarta-feira, 02/12, no Senado Federal, Maria Berenice e outras cinco pessoas receberam a homenagem, além de uma homenagem póstuma. Na semana passada, Maria Berenice Dias recebeu ainda o título de cidadã honorária da cidade do Rio de Janeiro. Além do seu trabalho pelos direitos LGBT, Maria Berenice é destaque como jurista no direito das famílias e pelos direitos das mulheres, tendo sido indicada em 2005 junto a outras 52 mulheres brasileiras ao Prêmio Nobel da Paz, na indicação coletiva e internacional 1000 mulheres para o Nobel da Paz.
 
“Sem dúvida um momento de muita emoção e gratificação”, declarou Maria Berenice nas redes sociais. No Senado, ela pediu a criminalização da homofobia em seu discurso de agradecimento: “Este é o país onde mais se matam homossexuais no mundo. A cada 28 horas, no Brasil, mata-se um homossexual, por sua orientação sexual ou pela diversidade de gênero. Precisamos mudar essa realidade. Para isso, não basta haver pessoas que se dedicam, não basta só o Judiciário conceder direitos. É preciso haver uma legislação”, declarou, antes de anunciar o encaminhamento do Estatuto da Diversidade Sexual ao Senado.
 
Com informações da Agência Senado
 
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