Uma notícia sobre jovens africanos que atacaram mulheres transexuais com pedradas, em Dortmund, na Alemanha, está rodando os noticiários do mundo. E, como qualquer situação que envolve africanos ou árabes, as análises são feitas considerando apenas os aspectos da cultura ocidental que, em momento algum, representam a multiplicidade dos povos da África e do Oriente Médio. Outra notícia, no Ano Novo, quando mulheres alemãs foram molestadas em um evento também abrem a discussão sobre o choque cultural entre Europa e os imigrantes.
O relato das transexuais atacadas afirma que elas estavam conversando com um grupo de jovens adolescentes, todos de origem do norte da África, perto da estação de trem da cidade. Quando elas contaram que eram mulheres trans, os jovens começaram a puxá-las e dizer: “suas vagabundas, precisam ser apedrejadas”. No momento em que começavam a atacar pedras nas mulheres, um destacamento policial que fazia ronda passou pelo local e prendeu os africanos.
A transfobia é um mal social que deveria ser erradicado, mas não vemos campanhas governamentais fortes sobre o assunto.
É impossível esquecer como a Europa foi avassaladora na sua ganância pelo ouro e diamante das terras africanas. O mapa foi dividido com fronteiras que separavam povos amigos e colocavam culturas inimigas no mesmo território. As leis instauradas tinham base nas europeias e, sim, proibiam relações homoafetivas. Então, parte da intolerância foi ensinada por eles: portugueses, franceses, holandeses, espanhóis, ingleses etc… e também por religiões vindas do Oriente Médio que se expandiram facilmente há séculos com a expansão do mundo árabe para o Norte da África.