No mês de janeiro noticiamos, aqui na Lado A, que refugiados homossexuais em Berlim haviam relatado ter sofrido homofobia nos acampamentos e albergues da cidade, foram registrados, pelo menos, 10 casos de violência do gênero. Em providência dos problemas, a Assessoria para os Homossexuais de Berlim se mobilizou para abrir na última terça-feira, 23, o primeiro abrigo exclusivamente voltado para os refugiados LGBTQs. Esta semana, as primeiras 17 pessoas chegam ao local, que fica no bairro de Treptow.
O novo espaço conta com 122 vagas distribuídas em 29 imóveis. Para Stephan Jaekel, responsável pelo lote, o problema enfrentado por esse grupo de pessoas é ainda maior, uma vez que eles fogem de seus países para se livrar do preconceito, mas acabam em um albergue cheio de pessoas da sua nação de origem, que também os odeiam. “São refugiados como os outros, mas estão mais isolados ao nível cultural e são vítimas de violência, da violência psicológica até à violência física, com casos de braços e narizes partidos até tentativas de assassínio”, revela.
Sobre os gastos, a Assessoria conta que serão pagos pelo Senado de Berlim e que suas estimativas de ocupação são de dois terços por homens gays, um terço por transexuais e uma parcela mínima de lésbicas. Berlim segue o exemplo de Nuremberga, uma cidade independente da Alemanha, que já conta com um pequeno espaço para esse grupo, mas com apenas 10 vagas.