Semana passada, o ex Secretário Estadual dos Direitos Humanos do Rio de Janeiro, pastor Ezequiel Teixeira, foi exonerado do cargo por declarações defendendo a cura gay ao Jornal O Globo. Ele não tinha noção que suas convicções religiosas lhe renderiam tanta dor de cabeça. Depois de o Governador do estado, Pezão, declarar ser completamente contra o posicionamento de Teixeira, a Defensoria Pública do Estado do Rio entrou com uma ação de reparo de danos morais coletivos, onde o político poderá ter que pagar até R$ 1 milhão de reais como forma de indenização.
O pedido aconteceu na última sexta-feira, 19, cerca de 48 horas depois de Teixeira perder o cargo na pasta. O valor da multa seria usado para financiar ações da Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos com foco na conscientização sobre os direitos da comunidade LGBTQ. O processo também faz a exigência de que o pastor pague os custos da publicação, em periódico de grande circulação, de um texto da Defensoria que abordará temáticas relacionadas a essa população. O descumprimento da decisão judicial acarretará em multa de R$ 10 mil por dia.
O religioso disse que não vai se pronunciar enquanto não receber uma notificação da justiça. Entretanto, em suas redes sociais, ele afirmou que a ação faz parte de um esquema de perseguição religiosa, uma vez que a Defensoria Pública não se coloca com tanta rapidez de frente para outros problemas mais importantes, como a falta de vagas em hospitais públicos. “A perseguição contra a Igreja e os evangélicos não chega ao fim no Rio de Janeiro. Agora, a Defensoria Pública no estado me processa e pede indenização de R$ 1 milhão. A rápida atuação do órgão estadual é consequência da perseguição religiosa. Quem nunca precisou do rápido empenho da Defensoria e ficou meses aguardando? Quantas pessoas morrem nas filas dos hospitais e a Defensoria nada faz? Confio no Poder Judiciário e, principalmente na justiça divina. Deus abençoe a nossa Nação”, postou Teixeira em sua página do Facebook.