Adolescente trans conquista na Justiça direito de romper laços com pais adotivos

Um garoto de 16 anos descobriu, em 2014, através de um acompanhamento da Tavistock Gender Identity Clinic, na Inglaterra, que possuía disforia de gênero. Mudando seu nome de garota para um que representasse melhor a sua identidade. Entretanto, seus pais adotivos, com quem passou a morar desde os 6 anos de idade, não deram apoio à transição do filho e continuaram a chamá-lo pelo seu nome feminino. Por isso, ele entrou com um pedido na Corte Real de Justiça para voltar a morar em lares adotivos e proibir os antigos pais de ter notícias sobre ele.
 
O juiz Justice Keehan declarou que as atitudes dos pais causaram bastante angústia e frustração ao jovem. “A sua motivação para o desejo dos pais não terem informações sobre ele é que, caso ele sofra um acidente sério e precise de uma cirurgia de emergência, ele não gostaria que passar por ela e encontrar o casal ao seu lado no leito de recuperação”, contou o juiz.
 
Ele contou ainda que foi difícil para a antiga família aceitar a decisão do filho e que eles ainda esperam uma reconciliação, mas o garoto insiste em não ter nenhum tipo de contato com os pais adotivos. “Como os pais, eu espero pelo dia em que eles se reconciliem. Na minha visão, entretanto, a melhor forma de assegurar a transição do menino é respeitando seus desejos e sentimentos”, finalizou Keehan. 
 
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