O Governador republicano do Wisconsin, nos EUA, Scott Walker, indicou Rebecca Bradley para a Suprema Corte do estado. O grupo liberal One Wisconsin Now, entretanto, revelou que a juíza é responsável por comentários homofóbicos e preconceituosos no jornal estudantil da escola que frequentava, em 1992. A Suprema Corte do Wisconsin se posicionou sobre o caso, desculpando-se sobre as declarações antigas de Rebecca, que fez o mesmo.
O posicionamento foi encontrado no jornal universitário Marquette Tribune do início dos anos 90: “Talvez o programa de conscientização sobre a AIDS deveria nos educar com a compaixão mal direcionada aos degenerados que cometem suicídio através dos seus próprios atos. Os homossexuais e drogados, que basicamente se fazem se matar e matar aos outros com o seu comportamento, não merecem minha simpatia”, escreveu a futura juíza na sua juventude. “Sexo heterossexual é bastante saudável em um relacionamento. Sexo gay, entretanto, mata. É muito triste perceber que a vida de bichas e viciados tem mais valor do que vítimas inocentes de doenças mais relevantes”, finalizou ela que é democrata e fazia frente à reeleição de Bill Clinton, a qual chamou de amante dos gays e que os eleitores entregaram o país ao mal.
Em resposta, a juíza divulgou uma nota de retratação oficial onde dizia se sentir envergonhada pelo artigo que escreveu 24 anos atrás, onde tinha uma visão reduzida da sociedade. “Àqueles que eu ofendi pelos comentários que fiz quando era uma jovem estudante universitária, eu peço desculpas e asseguro que eles em nada refletem a minha visão de mundo. Esses comentários não tem nada a ver com quem eu sou como pessoa ou jurista agora, e eles não tem nada a ver com os problemas enfrentados pelos eleitores deste estado. Estou imensamente envergonhada do conteúdo e tom que usei para escrever a muitos anos atrás”, escreveu ela esta semana.