O projeto chamado TransMilitary, que retrata a vida de pessoas trans que fazem parte das Forças Armadas dos Estados Unidos, virou um documentário de 12 minutos chamado “Transgender, at war and in Love”, produzido por Fiona Dawson em parceria com o The Times. A obra é uma das indicadas ao Emmy de 2016.
Até o fim de junho era proibido que pessoas trans assumidas fizessem parte do Exército, Marinha ou Forças Aéreas dos Estados Unidos. Segundo o documentário, mais de 15 mil pessoas trans faziam parte do exército sem revelar sua condição, escondendo sua identidade de gênero e correndo o risco de serem descobertos e expulsos. Exemplo é Chelsea Manning, que revelou sua transexualidade apenas após ser presa por usar suas informações do exército para ajudar o site Wikileaks.
O documentário é dirigido por Gabe Silverman, produzido por Fiona Dawson e Jamie Coughlin traz histórias de corajosos membros trans do Exército nos EUA. A obra retrata toda a discriminação e opressão que os personagens sofrem, além de apresentar as noções legais sobre o tema.
Mudanças
No dia 30 de junho deste ano, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Ash Carter, anunciou que pessoas trans poderão se alistar e fazer parte das Forças Armadas dos Estados Unidos, revogando a lei que proibia a participação. Agora, pessoas trans que já faziam parte e precisavam se esconder, podem assumir sua situação e ainda contarão com ajuda financeira e médica do exército para passar pelo tratamento com hormônio e a cirurgia, se quiserem. Ele afirma ainda que o Pentágono está preparando material e treinamento para todas as instituições, que terão 12 meses para se adequar às novas normas.
Confira o trailer de Transmilitary, em inglês: