Você já parou para pensar como seria um país apenas de pessoas LGBTs? Seria um paraíso com praias, baladas, bares, shows, arte e pegação ou seria um território que precisaria de policiamento pesado nas fronteiras, como Israel? É impossível afirmar, mas o ativista Viktor Zimmerman, da organização separatista Gay Homeland Foundation de Nova York, defende a criação de um Estado independente organizado e dirigido por LGBTs, onde a maioria da população seria formada por membros da comunidade.
A sua ideia foi apresentada em uma entrevista ao portal Vice. Ele explica que a ideia é a fundação de um território físico – para ele tinha que ser em uma região temperada com fronteira para o mar, na América Latina ou no Sudeste da Ásia – onde artistas, atores, cantores, cineastas, pesquisadores e trabalhadores seriam reunidos em um ambiente criativo e com leis que respeitem a diversidade.
Só de imaginar, vários problemas já aparecem na mente para uma ideia tão radical, não é? Mas ao mesmo tempo, uma esperança por um paraíso assim. Heterossexuais não seriam permitidos? Como faria para a população não morrer? Os filhos adotados ou concebidos por inseminação que crescessem heterossexuais não poderiam viver lá? Não se sentiriam oprimidos?
Zimmerman afirma que a solução para os problemas é ser tolerante. Permitir, sim, que um número controlado de heterossexuais viva na sociedade, contanto que sejam simpatizantes do movimento e respeitem as leis inclusivas. O problema da população poderia ser resolvido com o incentivo à imigração, uma vez que pessoas gays nascem no mundo todo o tempo todo. O território serviria, inclusive, como um espaço seguro para LGBTs de países com leis anti-gays.
Ele afirma ainda que não se preocupa com o crescimento de jovens heterossexuais nesse ambiente, uma vez que acredita que por meio da educação diferenciada, esses jovens aprenderiam a respeitar a diversidade ao invés de oprimí-la.
Questionado sobre o aspecto realista dessa ideia, o ativista revela que a ideia é legal pelas leis internacionais, uma vez que há precedentes com o Vaticano, Israel e a Ordem de Malta. Ele parece otimista com a ideia e afirma que , se um número expressivo de LGBTs assinar a proposta no mundo todo, o país LGBT é viável.