Oswaldo Eustáquio é jornalista e mantém um blog sobre “Política, Poder e Direitos Humanos” com seu nome. Coordenador de Jornalismo da TVCI, no litoral, é repórter correspondente da Gazeta do Povo e vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Paraná. Na semana passada, depois que o deputado Paranhos, candidato eleito no Domingo à prefeitura de Cascavel, fez comentário homofóbico em um debate de TV local, o jornalista partiu em defesa do deputado do PSC e lançou ataque contra Jefferson Lobo da Silva, esposo da ex-apresentadora Elisângela Fabrini da TV Tarobá, que disse em redes sociais amar seus filhos, dando a entender que eram gays.
Paranhos afirmou que casamento é entre homem e mulher, disse ainda respeitar os gays, desde que fiquem longe das crianças. “Eu respeito, desde que fique longe das crianças, que não aconteça isso no shopping. Eu não gosto dessas coisas”, disse o prefeito eleito em debate na semana passada.
“Tenho orgulho e amo meus filhos. Paranhos; eu também amo os seus filhos, mesmo sem os conhecer. É uma pena que você não consiga amar aos meus também”, disse o homem que teve exposto pelo jornalista seu vencimento quando era assessor do candidato rival de Paranhos, também deputado estadual, Márcio Pacheco.
Em defesa de Paranhos, o vice-presidente do SindiJor – PR afirmou: “Em nenhum momento Paranhos fez críticas homofóbicas no debate. Paranhos se posicionou de forma firme em favor da família, como já o fez em outras vezes no plenário da Assembleia Legislativa quando lutou contra a distribuição de cartilhas com conteúdos pornográficos e com conteúdo fazendo apologia a (sic.) homossexualidade.
A crítica infundada de Jefferson Lobo, (sic.) revela apenas o óbvio, que a militância LGBTTT, não representa a sua base. Os próprios homossexuais concordam com o ponto de vista de Paranhos. Os próprios Homossexuais protegem suas famílias. Eles tem pai, mãe. Sua opção (Sic.) sexual é respeitada, sempre. Assim como as crenças religiosas também devem ser respeitadas. Um exemplo, disse é um pastor de Curitiba, que pediu exoneração de seu cargo de juiz de paz, porque não concordou em realizar uma cerimônia de casamento entre pessoas do mesmo sexo.
O Grupo LGBTTT, liderado por Tony(Sic.) Reis e Jean Wyllys faz passeatas em que gays se masturbam utilizando o crucifixo. Como este. Contra esses abusos, somos todos contra. E a favor, sempre dos gays, ou de qualquer escolha diferente, estes precisam apenas ser amados, e esta representação política de Tony Reis, Wylys e Lobo só trazem prejuízo a sociedade. Com isso, muitos cristãos, estão pensando em desligar a televisão quando sua a esposa de Lobo, a apresentadora Elisângela Fabrini voltar ao ar. Pois os valores da família, estes são inegociáveis. A política passa, a família fica.”
Ao saber da matéria, o militante Toni Reis afirmou que encaminhará pedido de esclarecimentos ao Conselho de Ética do SindiJor-PR. A Lado A procurou a diretoria do sindicato que confirmou que o jornalista é vice presidente da organização e que aguarda a denúncia para se manifestar.
Nosso editor, Allan Johan, jornalista filiado ao SindiJor, fez o seguinte comentário ainda não publicado no blog do jornalista: “Dei um pulo ao ver que o senhor é nosso vice presidente do SindiJor. O senhor também fique longe das nossas crianças e especialmente dos nossos alunos de jornalismo! Aliás, fique longe do nosso Sindicato… Deu para sentir o que o Paranhos fez nas declarações dele? Se o que ele fez não é homofobia…”
Segundo o Código de Ética do Jornalista Brasileiro, artigo 9º., que regulamenta a conduta correta nesta profissão, é dever do jornalista: “valorizar, honrar e dignificar a profissão; Opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios expressos na Declaração Universal dos Direitos do Homem; Respeitar o direito à privacidade do cidadão;” No artigo seguinte, no 10º. Descreve-se o que NÃO é permitido ao jornalista: “Frustrar a manifestação de opiniões divergentes ou impedir o livre debate; Concordar com a prática de perseguição ou discriminação por motivos sociais, políticos, religiosos, raciais, de sexo e de orientação sexual;”.