Basta dar uma zapeada pelos canais de tevê em diferentes programações e até nos comerciais para perceber que a maioria dos personagens são brancos, muito brancos. Se o beijo gay é um tabu, o beijo hétero é comum, assim como a vida das pessoas brancas e heterossexuais. Mas nos EUA, há 21 anos, a organização GLAAD, Gay & Lesbian Alliance Against Defamation, faz um relatório anual acompanhando a presença destes personagens nas séries dos EUA.
Segundo o estudo “Onde estamos na TV”, em 2016, personagens negros representaram 20% do total dos personagens, um recorde. Destes, 38% são mulheres. Ao mostrarem personagens negros bissexuais, 21, apenas seis são vividos por homens. O estudo ainda aborda a questão da abordagem da comunidade latina e asiática na TV.
O número de personagens lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros na televisão também bateu recorde na temporada 2016-2017. De 895 personagens das principais séries, foram identificados 43personagens LGBT. Na TV a cabo, houve um aumento de 84 para 92 personagens LGBTs nas séries. Mas o número de novos personagens fixos caiu, de 58 para 50.
Nos canais abertos não teve o registro de nenhuma pergonagem trans. Os canais por internet como Amazon, Hulu, e Netflix aumentaram a participação LGBT em suas séries, de 59 para 65.
No Brasil, é perceptível notar que os temas e personagens LGBTs cresceram mas ainda falta muito para termos personagens LGBTQ mostrados de forma natural e não cheia de estereótipos.
Nick Jonas (foto) vive o personagem Nate Kulina, um lutador gay, na série Kingdom.