Segunda-feira está virando dia de contagem das violências sofridas em Curitiba a caminho ou volta das baladas, principalmente as LGBTs. Os gays viraram vítimas de assaltos violentos nos trajetos antes seguros rumo às baladas. Em muitos dos casos há xingamentos homofóbicos, em outros não. Desta vez, dois rapazes, um de 28 e outro de 18 anos, foram abordados violentamente quando estavam neste Domingo próximo às ruínas do São Francisco, na Rua Jaime Reis, quando iam para uma domingueira famosa nas Mercês, por volta das 19h, ainda com Sol.
Valentino Raphael, que é modelo, conta que foi atacado pelas costas com uma garrafada no rosto, e os marginais já começaram a pedir o aparelho celular e a revistá-lo. Quando a vítima disse que não tinha celular e o assaltante o encontrou em seu bolso, levou mais duas garrafadas no rosto. Seu ficante recebeu uma garrafada na nuca. Os dois ladrões correram do local. Segundo a outra vítima relatou para Raphael, eles estavam ficando e prestes a se beijar quando foram atacados, e esse teria sido o motivo da agressão para eles. Raphael diz que não lembra exatamente o que aconteceu, por conta das pancadas que levou.
“Era um horário que jamais pensei que pudesse me acontecer isso, uma porque estava acompanhado e tinha várias pessoas por perto, mas foi tão rápido que só vieram correndo pra me acudir porque eu estava sangrando demais”, contou Rafael para a Lado A. Os rapazes foram para o hospital e Rafael levou vários pontos no rosto.
Depois de denunciar o ocorrido em um perfil, várias pessoas denunciaram terem sido vítimas de assaltos violentos semelhantes. Em junho, a Lado A fez uma matéria sobre a falta de segurança à noite, com diversos relatos de assaltos a caminho ou na volta das baladas LGBT em Curitiba.