Uma viagem pelo novo e o que há de tradição na comunidade LGBTQ, se é que isso é possível. O The Royal Vauxhall Tavern, em Londres, é um dos pubs LGBTs mais antigos do mundo e, desde a sua construção, em 1860-62, contribui para a divulgação de artistas e performers da comunidade, sendo reconhecido como um dos points mais importantes para a construção da história do movimento no mundo. O espaço secular fica ao número 372 na Kennington Lane, em Vauxhall/Lambeth, a .
Grandes nomes da cultura londrina passaram pelo local, como Sir Ian McKellen e Paul O’Grady, que coloca o local no patamar de sua principal formação dramatúrgica. Até a princesa Diana teria ido conhecer o local, disfarçada, com o amigo Freddie Mercury. O espaço funciona como um centro cultural da diversidade e um pub. Ao passo que as pessoas frequentam o espaço para se divertir no happy hour, elas assistem apresentações de grandes performers ingleses, que se utilizam de velhos truques e formas experimentais para dar visibilidade ao movimento. O espaço é, também, um dos principais divulgadores da arte cabaret.
Por conta dos seus quase 200 anos de história em prol do movimento LGBTQ, diversos artistas e ativistas fizeram uma campanha para transformar o prédio em Patrimônio Histórico, tanto pelo valor arquitetônico, quanto pelo valor moral de luta e construção social. O anúncio foi feito pela ministra do patrimônio da Inglaterra, Tracey Crouch em 2015.
Entretanto, um mal quase se assolou na construção. Uma companhia conhecida por comprar edifícios na capital demonstrou interesse em adquirir o espaço e apagar a história do The Royal Vauxhall Tavern. Por isso, diversos ativistas se reuniram numa tentativa de angariar fundos para adquirir o local e torná-lo comunitário. A companhia Faucet Inn, que estava interessada, já anunciou que não deve prosseguir com as negociações, o que não tranquiliza a comunidade, que sabe do real interesse dos proprietários em vendê-la.