Depois de perseguido por causa de perfil fake, homem está processando Grindr

O que você costuma fazer quando se depara com um perfil fake em sites e aplicativos de relacionamento? Matthew Herrick, 32, de Nova Iorque, está vivendo um pesadelo com os perfis fakes do app e, por isso, passou a denunciar para o aplicativo Grindr. Mas, cansado de não obter respostas e soluções, Herrick entrou com um processo contra a marca, acusando-a de negligência, estresse emocional causado intencionalmente e propaganda enganosa. 
 
A história parece sair de um livro. Alguém, que Herrick julga ser seu ex-namorado, criou vários perfis com as descrições e informações suas. Começou com uma pessoa chegando ao seu apartamento, dizendo que haviam combinado de se encontrar para fazer sexo lá. Ao negar, o cara mostrou o perfil e a conversa no Grindr, repleta de fotos de Herrick seminu. Após a denúncia na plataforma, diversos outros perfis surgiram, e uma média de oito a dez homens começaram a aparecer na porta do seu apartamento. 
 
Outros homens chegaram a ir atrás dele no restaurante em que trabalha, tudo atrás de sexo. Herrick assume que cerca de 700 homens já foram atrás dele por conta desses perfis fakes, mesmo depois do juiz expedir uma ordem judicial proibindo o Grindr de manter os perfis. Agora, ele está processando o aplicativo por todos os problemas causados, uma vez que não excluiu efetivamente as contas e não bloqueou o IP para a criação de novas, como o Scruff fez. O Grindr não se posicionou oficialmente sobre o caso.
 
Histórico
O Grindr já se envolveu em outras polêmicas nos Estados Unidos. Em 2014, o ator pornô gay Mike Dozer foi preso por transar com um menor de idade. O ator alegou que o aplicativo falhou na verificação de idade do adolescente, que criou um perfil fake informando ser maior de idade. 
 
Redação Lado A :A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa