A plataforma de compartilhamento de vídeos YouTube está causando polêmica entre artistas, youtubers e usuários gays, lésbicas, travestis, transexuais, bissexuais e simpatizantes. O motivo é o recém criado “Modo Restrito” para uso de crianças, que bloqueia conteúdos considerados ofensivos e pesados, ou seja, que teriam classificação para maiores de 16 anos. Este modo bloqueia vídeos de artistas como Lady Gaga, Pabllo Vittar e Lia Clark.
A repercussão foi negativa entre os usuários, de maioria jovem. A #YouTubeIsOverParty ficou entre os assuntos mais comentados do fim de semana no Twitter, principalmente questionando a nova ferramenta da plataforma e a forma de selecionar os conteúdos ofensivos. “Agora, conteúdo LGBT não é atrativo para a família, Youtube?”, comentou uma internauta.
Depois dos milhares de questionamentos, o YouTube lançou uma nota esclarecendo: “Somos muito orgulhosos por representar as vozes LGBTQ+ em nossa plataforma — elas são uma parte chave do que o YouTube significa. A intenção do modo restrito é filtrar conteúdo maduro para a pequena parcela de usuários que quer uma experiência mais limitada. Vídeos LGBTQ+ estão disponíveis no modo restrito, mas vídeos que discutem assuntos mais sensíveis podem não estar. Nós nos arrependemos por qualquer confusão que isso causou e estamos de olho nas suas preocupações. Aceitamos o feedback de vocês e a paixão em fazer do YouTube uma comunidade inclusiva, diversa e vibrante”, é a tradução.
A decisão é controversa, visto que a plataforma é reconhecida por apoiar e dar voz à comunidade, inclusive tendo lançado campanhas como o YouTube #ProudToLove, em defesa a todas as formas de ser e se amar. A mudança deixa um grande ponto de interrogação no conceito da marca.