Será que ser uma pessoa bonita, atraente e sexy tem só pontos positivos ou tem também os seus contras? Um em cada cinco brasileiros gostaria de fazer alguma cirurgia plástica de embelezamento. O mercado da beleza é um dos maiores movimentadores da economia nacional. Até que ponto ser bonito e manter a boa aparência é uma dádiva? Estar preso às rotinas da beleza pode ser uma maldição?
O modelo e matemático Pietro Boselli, muso que ficou famoso pela beleza em sala de aula, acredita que há poucos pontos negativos em ser bonito. Para ele, a beleza proporcionou uma carreira diferente da comum na academia. Ele pode ser professor, estudioso e ainda ser modelo. Para ele, o principal desafio está em as pessoas quererem conhecer apenas a sua beleza física e não se interessarem tanto por sua personalidade.
Outro embate é entre beleza e inteligência. Há um estereótipo de que pessoas bonitas não são inteligentes e conseguem se dar bem na vida com muito mais facilidade, desmerecendo todo o seu trabalho para conquistar algo. Um exemplo é o discurso de que ganhadores de realities de canto, dança e talentos são vencedores pela beleza, e não pela habilidade, como foi afirmado sobre os cantores Renato Viana e Sam Alves, vencedores do The Voice Brasil.
Por fim, e o mais importante, é preciso se lembrar dos malefícios causados pela ditadura da beleza. Mesmo que já é belo naturalmente, vê-se num mundo onde é exigido estilo, elegância e padronização. Academia todos os dias para manter os músculos, dietas restritivas, horas gastas com cuidados aos cabelos, pele e corpo para nem sempre atingir o resultado esperado. A consequência? Frustração e depressão para aqueles que almejam ser um deus grego e esquecem que a genética é responsável por boa parte dos resultados. Ame-se pelas suas atitudes e pelo seu caráter, beleza pode até ser essencial para alguns, mas é um fator secundário. E não se esqueça que o tempo e a juventude passam. E ainda que sempre aparecerá alguém mais bonito e popular. Parece que nem tudo são flores, não é mesmo?