Coleção que discute gênero e sexualidade é lançada pela Pós-Graduação da UTFPR

A coleção “Entrelaçando Gênero e Diversidade”, composta por quatro títulos, foi lançada em plataforma digital, na versão e-book, na primeira semana de maio pela equipe do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia e Sociedade da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (PPGTE), organizada pela Drª Lindamir Casagrande e Nanci Stancki da Luz. As obras discutem o gênero na educação, a violência de gênero, a sexualidade no trabalho e as diversas perspectivas sobre diversidade.
 
O projeto dos “quadrigêmeos”, como é chamado pelas organizadoras, nasceu em 2013, quando as organizadoras receberam um financiamento para a produção de um curso de formação para professores e professoras, cuja temática principal deveria ser “Gênero e Diversidade na Escola-GDE”. Segundo elas, a equipe busca sempre atrelar uma publicação aos projetos contemplados. Sendo assim, surgiu a ideia de uma coleção que trouxesse debates de grandes autores brasileiros sobre a temática. 
 
“Procuramos fazer com que os livros abordassem as temáticas que trabalhamos com as/os professoras/es no curso. Buscamos as referências no âmbito nacional e tivemos a felicidade de poder contar com todo um time de pessoas excepcionais que confiaram em nosso trabalho e disponibilizaram suas produções”, revela Casagrande.
 
Lançamento do livro físico
Por hora, a obra encontra-se disponível em pdf no portal da UTFPR, no formato de e-book. Entretanto, o material já foi encaminhado para a gráfica e logo estará disponível no formato impresso. A PPGTE pretende organizar um lançamento para a obra, onde as organizadoras estarão presentes para ressaltar a importância do conteúdo no âmbito escolar.
 
Gênero e Diversidade na UTFPR
O número de denúncias nas redes sociais sobre técnicos administrativos, professores e estudantes que são homofóbicos, transfóbicos e machistas só aumentam na UTFPR. Em 2016, um grande ato de protesto foi organizado para acontecer no Dia Internacional de Combate à Homofobia no Campus da Av. 7 de Setembro. O BAPHÔNICA UTFPR teve confecção de cartazes, denúncias, desfiles de drag queens e painéis informativos, tudo na luta contra o preconceito.
 
As organizadoras da publicação concordam que o ambiente na UTFPR também pode ser opressor, assim como em outras universidades. 
 
“Temos casos de homofobia e outras violências de gênero na UTFPR e fora dela também. Nós do Núcleo de Gênero e Tecnologia – GeTec, juntamente com outros grupos (Grupo Emilias, coletivo Anália, Gecel, DCE, CINCO, dentre outros) temos empreendido ações para provocar a discussão e combater estes casos”, explicaram. 
 
Para elas, a publicação pode servir de base para um amplo debate sobre respeito que vai além da cor da pele, identidade de gênero, sexualidade, geração ou crença religiosa. O respeito, nesse contexto, é a principal arma contra o preconceito e cabe a universidade criar práticas e rotinas para que ele seja implementado de forma natural.
 
“Consideramos importante que a Universidade implemente políticas de prevenção e enfrentamento às violências de gênero, à homo, trans, lesbo e bifobia, ao racismo e outras formas de violência que continuam sendo reproduzidas no ambiente acadêmico”, finalizam.
 
 
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