Desde o último ano, a Prefeitura da cidade de São Paulo, tem oferecido abrigo e alento, no primeiro Centro de Acolhida especial para mulheres transexuais do Brasil. O centro Florescer funciona 24 horas por dia, tem espaço para até 30 pessoas, e seu objetivo é promover a reinserção social dessas pessoas que se encontram abandonadas por suas famílias, em situação de vulnerabilidade, oferecendo dormitórios, refeitórios, àreas de convivência, cozinha, sala de atendimento, lavanderia e sanitários; e sendo atendidas por psicólogos, assistentes sociais, orientadores, entre outros profissionais.
Dentre as atividades realizadas dentro do centro, estão rodas de conversa, atendimento de saúde, oficinas artísticas, culturais, de beleza e de esportes, além de acesso a uma biblioteca e videoteca. A idéia é que o atendimento ajude a reconstruir laços familiares, e ajude a encaminhá-las para a inserção no mercado de trabalho. A iniciativa é da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Smads).
A criação do centro veio, além dos altos números de transexuais em situação de rua, também pela observação as nessecidades específicas que esse grupo demanda: “Antes elas frequentavam espaços mistos, que não eram adequados. Isso aumentava a vulnerabilidade delas, porque ficavam expostas a preconceito e violência”, explica Alberto Luiz Bezerra, gerente do centro de acolhida. “Agora elas estão com a autoestima mais fortalecida, temos espaço para desenvolverem atividades de estudo. Com um atendimento mais humanizado, queremos despertar sonhos e possibilidades, que estavam adormecidos pelo desrepeito”, completa Alberto.
Para poder ser usuária do abrigo, a pessoa precisa estar no programa Transcidadania, que oferece cursos e bolsas de estudos a pessoas trans, ou ser encaminhada por um dos Centros POP (Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua) da cidade.
O Centro de Acolhida Florescer fica na Rua Prates, 1101, no bairro Bom Retiro, na cidade de São Paulo. O telefone deles é (11) 3228-0502.