O tribunal federal do Distrito de Columbia divulgou nesta segunda-feira, 30 de outubro, uma decisão preliminar em que proíbe Trump de vetar transgêneros nas Forças Armadas. A juíza Collen Kollar Kotelly não vetou todo o texto proibitivo de Trump, mas sim as questões do âmbito transgênero.
Em julho de 2017, poucos meses após sua posse, Trump surpreeendeu o mundo ao alegar que transgêneros nas forças armadas geravam muitas despesas com hormônios. Seu antecessor, o ex-presidente Barack Obama, já havia aprovado o plano de participação de transgêneros nas Forças Armadas. Outra argumentação de Trump, seria que os próprios militares haviam pedido para que o presidente vetasse a participação de transgêneros, tese que não foi comprovada ainda pelo presidente à Justiça.
Apesar de garantir os plenos direitos das pessoas trans, a decisão da juíza Kollar kottely não abrange a possibilidade de o estado custear cirurgias de readequação sexual. A proibição originou-se de um pedido feito por vários interessados, em sua maioria transgêneros, para garantir os direitos dessas pessoas dentro e fora das Forças Armadas. Por outro lado, a impopularidade do presidente junto ao eleitorado e militares também culminou no veto de suas decisões.
A União Americana para as Liberdades Civis (ACLU), uma das entidades responsáveis e apoiadoras da ação, comemorou a decisão da juíza e lembrou que possui outra ação como esta no tribunal de Maryland, lutando pelos soldados trasnsgêneros. “É a primeira decisão contra a proibição imposta pelo presidente Trump, mas não é a última. Os tribunais federais reconhecem o que todo mundo já sabe: que a impulsiva decisão do presidente Trump de proibir os transgêneros de servir no Exército é vergonhosamente inconstitucional”, declarou Joshua Block, advogado da ACLU.