Polícia de Londrina admite que cinco homossexuais foram vítimas de emboscada mortal

O delegado chefe da 10ª Subdivisão Policial de Londrina, Osmir Ferreira Neves Júnior, afirmou que nos últimos dois anos cinco homossexuais morreram em casos muito semelhantes: encontros amorosos que acabaram em roubo e homicídio. Osmir disse que os casos que resultam em morte são os que chegam a polícia, porém acredita que a quantidade de vítimas de roubo, chantagem e/ou violência seja muito maior.
 
Essa subnotificação de casos ocorre devido ao constrangimento da vítima em procurar a polícia. O delegado ressalta que isso pode acontecer tanto com homossexuais quanto com heterossexuais e que os aplicativos de encontro são ferramentas facilitadoras para o crime.
 
“As pessoas marcam encontros sem imaginarem que estão indo ao encontro da morte. Os assaltantes se apresentam como garotos de programa, mas na verdade têm a intenção de roubar. É importante evitar encontros em lugares ermos e escuros e nunca marcar com pessoas que não conhecem.” relatou o delegado Osmir ao jornal Folha de Londrina.
 
Os dois casos mais recentes desses encontros amorosos mortais ocorreram em junho e em setembro. Em junho, o cabeleireiro Sandro Tagliari, 39, saiu de uma festa na madrugada de segunda-feira. Seu corpo foi encontrado na quarta-feira, com marcas de tortura. A vítima tinha traumatismo craniano, lesões no tórax e marcas de estrangulamento. Ainda, Sandro possuía um carro Punto que foi encontrado somente após a prisão do assassino. 
 
O caso mais recente, ocorrido no final de setembro, é do agente educacional Antônio Maximiano Filho, 30 (foto esquerda). Após sair do trabalho, por volta das 23h20, Antônio foi considerado desaparecido pela família. Seu corpo foi encontrado dois dias depois em um milharal, com as mãos e os pés amarrados, indicando também um crime com tortura. Seu carro e seus cartões bancários foram encontrados em posse do assassino.
 
 
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