Australianos votam a favor do matrimônio homoafetivo em plebiscito

A consulta popular sobre o casamento homossexual realizada na Austrália teve adesão significativa desde setembro. Esta semana foi divulgado que a maioria dos australianos considera legítima a união por pessoas do mesmo sexo. A manifestação favorável abre brecha para que o casamento homoafetivo ganhe respaldo da lei que pode ser promulgada até o final de 2017. 
 
Se aprovar a união entre pessoas do mesmo sexo, a Austrália se tornará a 26ª nação a formalizar o casamento. Embora ainda receba objeções por parte de alguns membros do Parlamento, a expectativa é grande uma vez que a proposta tem o apoio popular. 
 
Um telão instalado no parque da cidade de Sydney foi usado para divulgar o resultado que mostra que 61,6% dos 12 milhões de eleitores entrevistados aprovaram o matrimônio homossexual. Apenas 38,4% se opuseram. A votação não foi obrigatória, mas munido do resultado positivo, o primeiro-ministro Malcolm Turnbull declarou que cumprirá a promessa de apresentar um projeto de lei ao Parlamento a ser aprovado antes do Natal. 
 
O primeiro-ministro disse que não se intimida com as ameaças de rompimento de alianças por parte da ala conservadora do governo, formada por organizações religiosas que discriminam homossexuais. “É inequívoco, é esmagador. Eles falaram aos milhões e votaram majoritariamente no sim pela igualdade de matrimônio”, disse Turnbull. Membros de seu governo, contrários ao matrimônio homossexual, chegaram a propor que a lei permita que empresas também contrárias, não prestem serviços a casais gays. A principal argumentação para a eleição de Turnbull foi justamente a regulamentação da união homoafetiva. Em agosto, sua proposta foi barrada no Senado, então conseguiu fomentar a consulta pública por meio de cédulas de votação distribuídas desde o dia 12 de setembro.

Até 1997, em alguns estados do país, era ilegal qualquer tipo de envolvimento homossexual. Em Sydney, quando divulgado o resultado da consulta, milhares de pessoas comemoraram em meio ao choro de emoção e aos gritos de “nosso amor é real”. 

 
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