Com abertura prevista para o dia 16 de junho, a Copa do Mundo já é motivo de preocupação para o público LGBT. Essa tensão é motivada pelo ambiente extremamente homofóbico da sede do campeonato mundial. A Rússia é conhecida pela perseguição e censura de LGBTs além da negligência com os casos de LGBTfobia no país.
O ex-jogador do Chelsea, Alexei Smertin, declarou que bandeiras LGBT e outros materiais desse público não serão proibidos. O atual oficial da Federação Russa de Futebol e embaixador da Copa do Mundo estabeleceu, no entanto, que não será permitido qualquer “propaganda gay” para crianças.
Em 2013, a Rússia de Vladimir Putin aprovou uma lei que não permite assuntos LGBTs nas escolas. Isso inclui a proibição em abordar questões sobre gênero e sexualidade em qualquer outro espaço em que as crianças estejam presentes. Ser LGBT no país não é mais crime desde 2013, mas a cultura homofóbica permanece muito forte e embasada por Putin.
A autorização divulgada por Smertin sobre o uso de símbolos LGBT na Copa agradou Piara Powar, assessora da FIFA. Powar é diretora executiva da Footbal Against Racism in Europe (Fare), que auxilia a FIFA em questões de discriminação. Para a assessora, a declaração de Smertin conforta os torcedores LGBT para que aproveitem a Copa com segurança.
Alerta
Apesar do contexto aparentemente favorável para ps LGBTs, assegurado pelas instituições organizadoras da Copa, é preciso ter cuidado. A Football Supporters Federation publicou em 11 de maio um alerta para a comunidade LGBT durante o evento. A entidade assegurou que é necessário atentar para locais em que o público LGBT possa estar em maior risco.
Com a mídia concentrada no país e a proteção da FIFA e FARE, é possível que os casos de LGBTfobia diminuam. Em cada estádio haverá um membro da FIFA pronto para receber denúncias de homofobia. Os agressores podem ser punidas com a expulsão dos jogos da Copa. No entanto, locais para onde as atenções não estarão voltadas configuram perigo.
Uma das grandes preocupações da Football Supporters Federation é com as pessoas pessoas trans. O uso do banheiro de acordo como gênero identificado pode causar represália. A orientação é de que as pessoas andem sempre acompanhadas. O uso de um banheiro alternativo, que não esteja marcado por gênero, também é uma opção mais segura.