Ao planejar uma viagem, é necessário prestar atenção em alguns itens que possam comprometer o passeio. Para turistas LGBT, as observações se tornam ainda mais importantes no sentido de escolher destinos acolhedores para esse público. Pensando nesse contexto, a IGLTA (International Gay and Lensbian Travel Association) reuniu algumas dicas importantes para que o planejamento de viagens de LGBTs ocorra normalmente.
Segundo a organização, é importante se atentar para as informações disponíveis na internet. Alguns sites de serviços de hospedagem sempre disponibilizam os atributos dos hotéis e locais de visita. No entanto, se o site não descreve sobre as especialidades de serviços para LGBTs, é possível afirmar que a página não esteja adequada para tal assunto. Sites que oferecem opções de lazer, mesmo que gay-friedly, mas que estão desatualizados, também não devem ser considerados. Para a IGLTA, listas desatualizadas não entendem o público LGBT como uma comunidade que consome e faz girar a economia.
As leis e costumes do destino a ser visitado também devem ser considerados. Alguns sites de turismo não versam sobre as regras de destinos conservadores. Esse erro pode gerar um grande constrangimento para grupos LGBT e arruinar a viagem. A descrição das normas e leis é um requisito principal para garantir a segurança desse público e evitar que visitem destinos LGBTfóbicos sem nenhum critério ou amparo.
Um outro item a ser observado é o modo com que os sites veiculam imagens de LGBTs. Muitas páginas usam imagens não tão representativas, como de pessoas brancas e que atendem aos padrões de beleza. Essas fotos, geralmente com modelos em trajes de banho, não representam toda a comunidade LGBT. A sigla é formada por várias identidades, formas e etnias, e não cabe nessas imagens estereotipadas.
É importante notar se as imagens de famílias LGBT estão veiculadas em espaços frequentados por qualquer outra família. Imagens desse público apenas em locais destinados a eles é um erro, pois é preciso indicar a inclusão em todos os espaços sociais como uma forma de diminuir o preconceito. Muitos sites apresentam programação noturna e de balada, sugerindo que o público LGBT não consome outro tipo de entretenimento. Uma dica da IGLTA é que os sites de turismo ofereçam outras opções culturais ou indiquem estabelecimentos comandados por pessoas da sigla LGBT.
A ILGTA ainda atenta para os cuidados com estereótipos. Considerar que a comunidade LGBT é um “mercado específico” pode ser um erro. É consenso que esse público precisa de algumas especificidades principalmente no que diz respeito aos destinos LGBTfóbicos, por uma questão de segurança. Por outro lado, é preciso tomar cuidado para não acabar segregando ainda mais a comunidade durante a experiência de viagem. O público LGBT é formado por famílias e consumidores que possuem necessidades humanas e culturais como qualquer outro turista.
KOG
Pensando em proporcionar experiências turísticas incríveis para os LGBT, a KOG trabalha com conteúdo específico do ramo. A empresa foi fundada pelos empresários Krystin Ameson e Gordon Smith, e possui sede em Berlim e Glasgow.
Membro do IGLTa, a KOG é uma agência pioneira no turismo LGBT. A empresa trabalha junto com seus clientes na hora de projetar atividades e destinos para esse público. O objetivo desse trabalho é superar estigmas e estereótipos, integrando a comunidade LGBT com instituições de turismo através do marketing inteligente.