O Tribunal Superior de Los Angeles condenou na quinta-feira , 7 de junho, um casal que matou uma criança de 8 anos. O crime aconteceu em 2013, na cidade de Palmdale, Califórnia. A motivação do crime foi a homofobia do namorado da mãe da criança, Isauro Aguirre, de 37 anos. O homem se incomodou com os trejeitos do menino e começou a torturá-lo para que ele não fosse gay. O casal foi preso em flagrante quando o menino foi encontrado morto em casa.
Aguirre foi sentenciado à pena de morte pelo juiz George Lomi. A mãe da vítima, Pearl Sinthia Fernández, de 34 anos, foi condenada à prisão perpétua. Sua sentença não foi a de morte porque a mulher confessou o crime. O menino, Gabriel Fernández, vivia com a mãe e seu namorado, Isauro, e sofreu constantes torturas, conforme depoimento de Sinthia.
Os acusados estavam detidos desde 2013. No dia em que Gabriel morreu, o serviço de emergência foi chamado ao local do crime. O menino foi encontrado com diversas fraturas e desnutrição. Inconsciente, Gabriel foi levado para receber atendimento médico mas faleceu dois dias depois.
Em fevereiro de 2018, em outra audiência, a mãe de Gabriel leu uma carta de arrependimento. A mulher lamentou pela morte do filho e disse amá-lo. No entanto, no julgamento de 7 de junho, o juiz considerou o crime como hediondo e declarou que nem mesmo os animais seriam capazes de machucar suas crias.
O crime
Os depoimentos de Pearl Sinthia Fernández e Isauro Aguirre descreveram as torturas. O menino foi mantido trancado e amordaçado dentro de um armário, onde recebia inúmeras agressões. Gabriel foi encontrado com fratura no crânio e nas costelas. No depoimento, Isauro revelou que prendeu o menino em uma gaiola e o alvejou com balas de ar comprimido, ferimento constatado na virilha da vítima.
O corpo da criança foi recolhido em estado deplorável. Em toda a extensão da pele, havia irritações causadas por excesso de spray de pimenta. Gabriel foi forçado a ingerir suas próprias fezes e as dos animais da casa. O menino ainda era obrigado a ingerir seu próprio vômito e foi queimado com cigarros. Um dos irmãos, mais velho, era obrigado a agredir a criança.
A mãe de Gabriel já carregava inúmeras denúncias de abuso infantil. Após tomar conhecimento do crime, as autoridades americanas também indiciaram os órgãos de defesa infantil da Califórnia. A argumentação da Justiça foi a de que Pearl Sinthia não podia ter recebido a guarda do menino enquanto respondia às acusações de abuso.