Anthony Avalos, de 10 anos de idade, foi espancado até a morte pelo padrasto. O crime aconteceu em Los Angeles, nos EUA, e chocou as autoridades. O menino morreu no dia 21 de junho depois de declarar sentir atração por outros meninos. Kareem Leiva, de 32 anos, foi detido uma semana após matar a criança por homofobia.
A mãe do menino, Heather Barron, chamou o serviço de emergência alegando que o menino havia caído. Quando as autoridades chegaram ao local, Anthony já estava inconsciente, mas apresentava sinais vitais. O menino foi levado ao hospital mas não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte.
O serviço local de proteção à criança já havia registrado denúncias contra o casal. Desde 2013 a polícia recebeu no mínimo 16 ocorrências de maus tratos acusando Kareem Leiva e Heather Barron. Dessas denúncias, pelo menos treze mencionavam o nome de Anthony Avalos. Um dos objetivos das investigações agora é apurar os motivos de a criança ainda morar com a mãe e padrasto depois das denúncias.
Anthony apresentava diversos ferimentos. Em sua cabeça, haviam várias escoriações provocadas por uma queda, segundo declarou a mãe. Nas demais parte do corpo, o menino tinha queimaduras de cigarro e outros hematomas. O serviço médico de Los Angeles ainda não emitiu um laudo sobre o que provocou a morte do menino.
Dias antes de morrer, Anthony havia comentado com seu padrasto que gostava de meninos. Revoltado, o homem começou as torturas de motivação homofóbica. As investigações ainda apuraram que a criança foi submetida ao cárcere dentro de um quarto escuro, sem direito a usar o banheiro. Esse depoimento foi dado por uma tia do menino que em 2015 denunciou maus tratos.
Heather Barron se apresentou à polícia junto ao marido uma semana após a morte do filho. Apesar de não ter evitado as torturas do menino, a mulher não foi considerada culpada pela Justiça e segue em liberdade. Segundo um tio de Anthony, em entrevista ao NBC News, Kareem Leiva estava envolvido com organizações criminosas. Outro agravante do processo contra Leiva é seu envolvimento passado com casos de homofobia.
Outro caso
Gabriel Fernandez, de 8 anos, foi morto em 2013 também pela homofobia de seu padrasto. O julgamento do criminoso aconteceu no dia 7 de junho e a sentença determinou pena de morte á Isauro Aguirre, de 37 anos. A mãe do menino, Pearl Sinthia Fernández, foi considerada cúmplice do crime e condenada à prisão perpétua.
Gabriel Fernandez foi morto por apresentar “trejeitos femininos”. Segundo a investigação, o padrasto se incomodou com o jeito da criança e o torturou durante vários dias. O menino apresentou fraturas no crânio e na costela, resultado de agressões quando era mentido preso dentro de um armário. Tal como no caso de Anthony Avalos, a mãe e padrasto de Gabriel também acumulavam inúmeras denúncias de maus tratos.