Um vereador de Palmas, no Tocantins, se incomodou com o nome de uma creche. Segundo Filipe Martins (PSC), o nome “Arco-íris” é uma apologia à comunidade LGBT. O vereador então protocolou junto à Prefeitura um pedido de mudança do nome da creche para Romilda Budke Guarda.
Como justificativa para seu pedido, o vereador disse que pretende homenagear Romilda Guarda, que foi uma grande cidadã de Palmas. Por outro lado, o parlamentar destila homofobia ao afirmar que nenhum órgão público deve beneficiar um grupo específico. O vereador ainda usou termos inapropriados para se referir à comunidade LGBT quando disse que a palavra “arco-íris” promove o “homossexualismo”.
Segundo a Secretaria de Educação da Prefeitura de Palmas, o nome da creche foi escolhido pela comunidade. Já o vereador disse que conversou com os cidadãos sobre a necessidade de alterar o nome do estabelecimento. Mesmo usando termos inapropriados e com a atitude homofóbica, o vereador ainda disse que “não tem nada contra homossexuais”.
Aprovada pela Prefeitura, o pedido de Martins sobre a alteração do nome já foi publicado no Diário Oficial do Município, em 9 de julho. Segundo a Prefeitura, o vereador tem o direito enquanto cidadão e parlamentar de contestar qualquer processo público. Além disso, segundo a instituição, o pedido de Martins seguiu todos os trâmites legais.
Em seu site, o pastor declarou ainda que entende o arco-íris como um símbolo cristão, mas que no caso de uma creche pode abrir brecha para promover o “homossexualismo”. Embora declare ter o aval da comunidade, nas redes sociais os internautas não gostaram da mudança. Para os seguidores do vereador, existem outras demandas mais impostantes no município. “Fala sério hein vereador! Vai cuidar das reais necessidades do povo! Homofobia mata pessoas e não precisamos de mais gente fomentando isso.”, disse um internauta. O vereador ainda foi muito criticado nas redes sociais por defender isenção de impostos para igrejas.
Proibição de gênero
Não é a primeira vez que o município de Palmas se envolve em uma polêmica sobre educação e gênero. Em março de 2016, o vereador João Campos, também do PSC, protocolou um requerimento contra menções sobre gênero na sala de aula. Assunto previsto no projeto pedagógico do município, foi extinto pelo prefeito Carlos Amasta (PSB), atendendo ao pedido do vereador Campos.