Filme “Mario” discute as relações homossexuais no futebol

Com enredo sobre as relações gays dentro do futebol, o filme “Mario” foi lançado em janeiro de 2018. O elenco conta com os atores Aaron Altaras, Max Hubacher, Joris Gratwohl, Jessy Moravec e Beat Marti. Hubachner, um dos protagonistas, já ganhou o prêmio de melhor ator suíço. Mesmo pouco tempo após seu lançamento, a produção já é um dos filmes mais indicados.

Através de um time de futebol da Alemanha, os dois personagens Mario e Leon se apaixonaram. O relacionamento dos dois colocam em risco suas evoluções no futebol e a carreira dos jogadores. A história começa quando os dois vão morar juntos em um mesmo apartamento e se aproximam através de uma amizade muito forte. Em pouco tempo, os jogadores percebem que seus sentimentos são mais do que amizade e começam um relacionamento amoroso.

Diante da enorme proximidade dos dois, os demais jogadores do time começam a desconfiar da relação e espalhar rumores sobre o casal. Com a descoberta do relacionamento, o casal deve tomar uma importante decisão para permanecer no time. Porém, a relação homossexual sofre com a homofobia internalizada do time.

Segundo o diretor do filme, Marcel Gisler, a produção visa falar sobre a homofobia dentro dos times, assunto pouco debatido. Em tempos de Copa do Mundo na Rússia, território altamente homofóbico, o filme desperta a reflexão sobre homofobia e futebol. Existem muitos jogadores que mantêm sua sexualidade em segredo temendo represálias dentro dos  times e isso precisa ser discutido.

“Mario” foi a primeira produção de Marcel para discutir sobre gênero e sexualidade. O diretor interpreta os padrões e regras de masculinidade e machismo como uma das fontes da homofobia. A forma como as mulheres são vistas pelos homens, sempre em posição inferior, reforça a regra de que os homens não devem se relacionar com outros homens, como fazem as mulheres heterossexuais.

O diretor começou a trabalhar na produção do filme ainda em 2010. Foram anos de estudo e pesquisa pois se trata de um assunto urgente, mas que ele nunca tinha trabalhado. Gisler é suíço mas vive em Berlim desde os anos de 1980 e é famoso por produções e documentários pelos quais recebeu alguns prêmios.

Confira o trailer

 

Redação Lado A :A Revista Lado A é a mais antiga revista impressa voltada ao público LGBT do Brasil, foi fundada em Curitiba, em 2005, pelo jornalista Allan Johan e venceu diversos prêmios. Curta nossa página no Facebook: http://www.fb.com/revistaladoa