Um estudo do Centro Nacional de Informações sobre Biotecnologia, da United States National Library of Medicine, diz que todas as pessoas são um pouco gays. O autor da pesquisa, Ritch Savin, considera que a sexualidade é “continumm”, isto é, segue uma série de acontecimentos e desdobramentos, podendo manifestar diversas sexualidades.
O estudo reuniu voluntários para passar por experiências de excitação sexual. Inicialmente, o estudo sugeriu que as mulheres respondem à estímulos sexuais masculinos e femininos. Por outro lado, as lésbicas, demonstram maior interesse por estímulos realizados por outras mulheres.
Uma outra parte do estudo constatou ainda que, geralmente, mulheres lésbicas possuem comportamentos ditos masculinos. Essas manifestações podem ser observadas até mesmo em maior intensidade do que nos próprios homens. Nesse sentido, as mulheres lésbicas lidas como masculinas poderiam ter um comportamento sexual como tal.
A pesquisa colocou seus voluntários em contato com vídeos pornográficos heterossexuais e homossexuais. Dessa forma, foram observados nos voluntários as respostas a esses estímulos como a dilatação da pupila. O estudo confirmou que pessoas que se identificam como heterossexuais tiveram resposta aos estímulos quando expostos aos videos homossexuais ou heterossexuais.
Outros estudos
Uma pesquisa publicada na revista Sexualities, de autoria dos cientistas Héctor Carrillo e Amanda Hoffman, da Universidade de Northwestern, mostrou um resultado parecido com o estudo de Savin. Os cientistas reuniram 100 homens heterossexuais para analisar suas repostas em relação aos outros homens. A maioria dos entrevistados disse que tinham atração somente por mulheres, mas que consideram a hipótese, ou tinham vontade, de fazer sexo com outros homens.
Questionados sobre uma possível bissexualidade, os entrevistados disseram que preferem se dizer heterossexuais. Isso porque temem criar atrito com a sociedade, família e companheiras. Para os pesquisadores, a heterossexualidade não é algo tão definitivo como a sociedade costuma compreender. Assim, a atração por outro sexo segue, muitas vezes, internalizada.