Em meio aos ataques referentes à corrida presidencial, todo cuidado é pouco. Por isso, o aplicativo de relacionamentos Grindr está emitindo alertas ao seu público. Existe a possibilidade de pessoas com má intenção usarem do app para marcar encontro com homens gays.
Ao abrir o aplicativo, o usuário se depara com uma mensagem avisando do perigo. “Após a recente eleição, membros da comunidade Grindr levantaram preocupações sobre o risco com o aumento da violência. Tome as medidas necessárias para manter-se seguro essa semana.”, diz a mensagem.
A atitude do aplicativo foi muito elogiadas nas redes sociais. O momento político está cada vez mais perigoso para a comunidade LGBT. Todos os dias aparecem diversas denúncias nas redes sociais sobre ataques LGBTfóbicos. O Grindr é a mais recente forma de atrair vítimas para emboscadas. Muitos usuários estão se passando por homens gays em busca de um encontro. Assim, atraem as vítimas ou vão até suas casas e cometem crimes.
Além da mensagem, o aplicativo também deu algumas dicas de segurança. A orientação é a de que não coloque muitas fotos de rosto e não leve os usuários que conhecer no aplicativo diretamente para casa. Uma outra dica é sempre avisar a uma outra pessoa caso vá a um encontro.
Outros aplicativos de relacionamento como Hornet e Tinder também já alertaram seus usuários nas redes sociais. Embora nesse momento de tensão política, apenas o Grindr tenha se manifestado, o perigo também está em outros aplicativos. Além disso, é necessário tomar cuidado com os demais perfis nas redes sociais.
Crime
Em Curitiba, um homem foi encontrado morto dentro de um armário em seu apartamento. A vítima foi morta por um defensor do candidato Jair Bolsonaro (PSL) que prega o ódio contra as minorias. Através de aplicativos de relacionamento, muitos LGBTs convidam pessoas desconhecidas para sua casa, o que acaba facilitando o acontecimento desses crimes.
Não só por aplicativos de relacionamento as minorias estão sendo atacadas. Em Manaus, o publicitário Elói Capucho saiu de casa para trabalhar pela manhã e pegou uma carona pelo aplicativo Uber. Quando questionado pelo motorista sobre sua preferência de votos, o publicitário respondeu que, por ser gay, não votaria em Bolsonaro. O motorista então pegou uma Bíblia, agrediu o passageiro e o ameaçou de morte. Elói, que saiu do carro ainda em movimento, registrou Boletim de Ocorrência mas ainda não teve resposta.