A censura e fiscalização em universidades públicas aumentou nos últimos dias da corrida presidencial. Mas não é de hoje que os estudantes protestam contra o conservadorismo e o fascismo. Em uma palestra no curso de Direito da Universidade Federal Fluminense (UFF), Jair Bolsonaro (PSL) se descontrolou e saiu de lá vaiado pelos alunos.
Durante o evento na universidade, ele manteve suas críticas contra a comunidade LGBT. O presidenciável disse que não deixaria um filho seu brincar com outra criança filha de um casal homoafetivo. Segundo as palavras de Bolsonaro, os homossexuais querem privilégios, e devem exercer sua sexualidade longe dos olhos da sociedade.
Uma das falas mais absurdas de seu discurso foi sobre a morte de LGBTs no Brasil. Diante de vaias e protestos, ele diz que homossexuais morrem assim como os heterossexuais. Com a revolta dos estudantes, ele chama aos presentes de idiotas e defende novamente a ditadura militar e a tortura.
Na época, dois vereadores de Niterói, no Rio de Janeiro, entregaram à Bolsonaro uma moção de repúdio contra suas declarações racistas. Naquele ano, o candidato participou do programa Custe o Que Custar (CQC), da Bandeirantes. Na gravação, ele disse à cantora Preta Gil que seu filho jamais namoraria uma mulher negra porque foi “muito bem educado”. Por isso, os então vereadores Renatinho (PSOL) e Leonardo Giordano (PT), entregaram a ele um documento contra a sua posição racista.
Com os papéis em mãos, Bolsonaro levantou ainda mais indignação dos presentes. Em um ato de desequilíbrio, ele rasgou os papéis que recebeu dos vereadores. A atitude foi o limite para os presentes que se revoltaram e intensificaram as vaias e palavras de repúdio. Naquele dia, Bolsonaro precisou sair do local escoltado pela Polícia Militar.