Uma pesquisa do Datafolha realizada entre os dias 24 e 25 de outubro mostrou que entre a comunidade LGBT, o candidato Fernando Haddad (PT) lidera nas intenções de voto. Ao consultar mais de 9 mil pessoas em 341 municípios, os dados mostram que a rejeição contra Jair Bolsonaro (PSL) é crescente, mas alguns LGBTs ainda votam nele.
De acordo com os dados do Datafolha, Fernando Haddad tem 57% das intenções de votos de LGBTs. Já o candidato Jair Bolsonaro, possui 29% dos votos. Os votos brancos e nulos somam 7%, porcentagem que chega a 9% entre os heterossexuais. Os eleitores indecisos somam 6% entre os LGBTs e 5% entre os heterossexuais.
A pesquisa também abrange eleitores heterossexuais, dentre os quais a rejeição ao candidato Bolsonaro chega a 62%. Sobre o candidato Haddad, a rejeição entre heterossexuais chega a 55% ao mesmo tempo em que diminui entre eleitores de outras sexualidades.
No primeiro turno, 36% dos entrevistados gays disseram ter votado em Haddad, enquanto Bolsonaro teve 7,21% dos votos. A grande rejeição de Bolsonaro dentro da comunidade LGBT se dá, principalmente, pelas inúmeras manifestações homofóbicas do candidato. Ainda assim, muitos LGBTs insistem em destinar seu voto ao candidato, mesmo sabendo que faz parte de um grupo odiado por ele.
Candidatos e LGBTs
Durante toda a sua carreira como deputado, Jair Bolsonaro se dedicou em criticar e tentar retirar direitos de LGBTs. Seus discursos sempre foram extremamente LGBTfóbicos e por isso a comunidade não adere à sua candidatura no atual cenário político.
Jair Bolsonaro já chegou a declarar que prefere um filho morto ou viciado em drogas do que homossexual. Em um vídeo de 2015, ele dizer ser homofóbico com muito orgulho e que os gays estão querendo privilégios. De acordo com as palavras do candidato, ele não aceitaria que seu filho brincasse com uma criança filha de um casal homoafetivo.
Por outro lado, Fernando Haddad está nas preferências da comunidade LGBT por suas ações de inclusão. Seus discursos sempre contemplam o respeito pela diversidade. Enquanto prefeito de São Paulo, em 2015, Haddad lançou o projeto Transcidadania. Através dessa iniciativa, transexuais e travestis receberam capacitação e incentivo para entrar no mercado de trabalho.