Caio Lima é um estudante trans de psicologia da faculdade Maurício de Nassau, no Piauí. Desde o início deste ano, o jovem está tentando participar de sua formatura mas alega que foi excluído pela turma. A discriminação se deu por ele ser trans e nem mesmo a sua foto foi incluída no álbum dos formandos.
Segundo o estudante, o preconceito veio de colegas e até mesmo de uma professora. Caio disse que mais quatro pessoas passaram pela mesma situação. A discriminação começou em uma aula na qual o estudante era silenciado até mesmo para tirar dúvidas. Depois desse dia, ele nunca foi convidado para participar dos preparativos da formatura e do ensaio fotográfico.
A discriminação da professora contra o estudante aconteceu há mais ou menos um ano, na aula de Psicopatologia. De acordo com os relatos de Caio, a professora foi transfóbica afirmando que jamais daria um laudo de cirurgia de redesignação sexual à um paciente. Contestada pelo estudante, a professora ainda começou a chamá-lo pelo nome civil, alegando que na chamada não constava nenhum nome social. Essa situação constrangedora aconteceu diante de todos os outros alunos e causou um enorme dano moral para Caio.
Segundo a faculdade Maurício de Nassau, o estudante foi chamado pelo nome civil porque ainda não havia pedido para mudar a documentação na faculdade pelo nome social. A instituição declarou ainda que é contra qualquer tipo de preconceito.
Vaquinha
Após sofrer essas agressões por parte da professora, negligência da faculdade e exclusão da formatura, Caio decidiu lutar por seus direitos. Ele fez uma denúncia na faculdade através da qual conseguiu mudar o nome na lista de chamada. No entanto, com relação à atitude da professora e demais colegas, a instituição não tomou nenhuma providência. Por isso, ele precisa de ajuda para angariar fundos para sua formatura e também para dar início aos procedimentos jurídicos contra a faculdade.
Para conseguir realizar a sua formatura e dar sequência a seus projetos, Caio lançou uma “vaquinha” na internet. Ele é militante de causas LGBT e também ajuda outras pessoas que passaram por discriminação. Para contribuir basta acessar o link.