A Prefeitura Municipal de Curitiba está promovendo mais uma iniciativa de inclusão para pessoas trans e travestis. Através da atuação do Plano Municipal e Metropolitano de Direitos Humanos, o DiverCidade Curitiba, junto com a Assessoria de Políticas da Diversidade, a prefeitura está buscando inserir transexuais e travestis no mercado de trabalho.
A prefeitura também tem o programa Cidadania T, que mantem um banco de vagas e currículo e a intenção do material é ampliar a inserção no mercado de trabalho e a capacitação destas pessoas. Além disso, em 2018, a Assessoria de Políticas da Diversidade promoveu dois cursos de empregabilidade para trans.
A iniciativa consiste em convidar empresários a contratar formalmente as pessoas trans e travestis. A campanha salienta que a identidade de gênero não interfere na capacidade profissional. A prefeitura entende que a inclusão de pessoas trans no mercado de trabalho tem sido muito difícil devido ao preconceito. “O Cidadania T tem como objetivo quebrar o círculo de marginalização que marca a vida das pessoas trans (travestis e transexuais) que começa na expulsão de meninos e meninas trans de suas famílias, o abandono escolar, até uma vida de sofrimento nas ruas. Atuamos com sucesso com os adolescentes para que eles tenham a chance de um futuro digno, com inclusão.”, disse Allan Johan, coordenador da Assessoria de Políticas Públicas da Diversidade.
Empresas que contratarem transexuais e travestis estarão contribuindo para a inclusão. Dessa forma, serão referência no mercado, já que atitudes como esta são raras. Além disso, a contratação gera o debate sobre o respeito, levando em conta as capacidades de cada um independente de gênero.
Por isso, a Prefeitura de Curitiba convida empresários interessados em ajudar nessa campanha. Caso haja interesse em contratar profissionais trans, a prefeitura pode mediar esse processo. Basta enviar um e-mail para divercidade@pmc.curitiba.pr.gov.br.
Empregabilidade trans
A inclusão de transexuais no mercado de trabalho é um assunto cada vez mais debatido atualmente. As pequenas conquistas de direitos melhoraram o acesso à educação e trabalho mas ainda há muito para avançar. Antes, as maiores dificuldades era o respeito dentro do ambiente de trabalho, sendo que muitas transexuais ainda eram chamadas pelo nome de registro.
Após as facilidades concedidas para alteração de nome e gênero nos documentos, consequentemente ficou menos burocrático entrar em trabalhos formais. Por outro lado, a sociedade ainda é preconceituosa e acaba excluindo as trans de ambientes de estudo e aperfeiçoamento. Isso resulta em pouco alcance para cargos de trabalho melhores.
Por isso, é importante a inclusão em todos os âmbitos sociais. Melhorar a saúde, educação e qualidade de vida e ingressar no mercado de trabalho. A formalização de postos de trabalho para transexuais, além de garantir a cidadania dessas pessoas faz com que o mercado fique mais aquecido.