Desde 2016 algumas organizações de apoio LGBTI+ estão lutando contra as iniciativas de reversão sexual promovidas por Elena Lorenzo. A mulher se intitula como coach em Atração pelo Mesmo Sexo e agora está usando o aplicativo Grindr para divulgar seus “serviços”. Antes, ela já tinha realizado ações de reversão sexual no México e na Espanha.
A mulher identificada por Elena Lorenzo usa uma mensagem para divulgar sua terapia no Grindr. “Você gostaria de deixar a homossexualidade e ter atracões heterossexuais?”, diz o início da mensagem. “Você pode dar o passo e mudar, sair da mediocridade. Te interessa?”, finaliza. Dessa vez a coach está enviando mensagens para usuários do Grindr de Portugal.
Lorenzo mantém também mantém um site onde explica um pouco mais de sua atuação. Em meio a depoimentos de supostos “curados” da homossexualidade, ela diz também trabalhar para afastar o vício em pornografia. Quanto ao trabalho de organizações LGBTI+ que tentam banir seu site, Elena alega que está sofrendo censura. Além disso, ela diz que a contestação ao seu trabalho pode ser indício de machismo. Ela considera que, se fosse um homem a defender a “cura gay”, não seria tão atacado.
Há dois anos, em Madri, ela se opôs à Lei Contra a LGBTfobia alegando ser legítimo o seu trabalho de reversão sexual. Além disso, ela se baseia em princípios do psicoterapeuta Richard Cohen. Dessa forma, usando um estudo de um pesquisador a favor de terapias de reversão sexual, ela tenta expandir e concretizar sua atuação. Além dos estudos de Cohen, as terapias de Lorenzo têm cunho religioso.
Entidades LGBT
Uma das organizações LGBT que desde 2016 se opõe ao trabalho de Lorenzo é a Associação Arcópoli, de Madri. A entidade pediu às autoridades que banissem o site de Elena e a proibissem de continuar com as terapias.
Em resposta, Elena decidiu não falar com a mídia sobre a denúncia. A coach apenas se limitou a declarar que a Arcópole é um lobby gay. Além disso ela afirmou que a entidade não entendia a atuação de Lorenzo por nunca ter tentado realizar terapias de reversão sexual antes.
Na época, a presidente da Arcópoli, Cristina Cifuentes considerou incoerente a declaração de Elena.