A usuária de Uber Renata Costa relatou um caso de lesbofobia que presenciou em Curitiba. O ocorrido foi na data de 25 de junho. A passageira relatou que pediu o aplicativo na categoria Uber Juntos, na qual os passageiros viajam com outras pessoas. Dentro do carro, um casal de mulheres que não foi diretamente atacado, mas Renata ouviu comentário homofóbicos depois que elas deixaram o veículo.
Durante a viagem, o casal estava conversando sobre assuntos cotidianos. Em meio à conversa, fica explícito que as passageiras eram um casal. Enquanto isso, o motorista chamado Juliano tentava colocar músicas gospel no carro, segundo contou Renata para a Lado A.
Algum tempo depois, o casal desceu do carro e Juliano começou a fazer comentários homofóbicos para Renata. O motorista disse para a passageira que antes de ela embarcar o casal de mulheres estava falando coisas obscenas. Juliano teria dito que elas estavam falando em casamento, o que o deixou muito desconfortável.
Diante dos comentários homofóbicos do motorista, Renata reagiu. A passageira questionou o motivo do incômodo com o casal já que eram apenas passageiras que pagavam como todos os outros usuários. Juliano então respondeu com rispidez, aumentando o tom de voz e ficando agressivo. Conforme relatou Renata, o motorista disse que “essa raça LGBT não sabe se portar e é uma pouca vergonha”.
Diante da agressividade do motorista, Renata pediu para descer do carro. Antes disso, ela tentou gravar as falas do motorista mas não conseguiu devido ao nervosismo. Ao avistar um restaurante movimentado, a passageira desceu do carro, o que deixou Juliano muito alterado. Segundo Renata, o motorista ficou aguardando em frente ao restaurante em que ela estava, indo embora apenas minutos depois.
Resposta Uber
A passageira reportou o acontecido para a Uber que respondeu através de e-mail. A empresa alegou que não compactua com a atitude do motorista. A Uber disse ainda que tomou as devidas providências com relação ao motorista, mas não deixou claro quais seriam essas providências. A empresa ainda fez o reembolso da corrida.
Após o ocorrido, a passageira disse que não está satisfeita com a resposta da Uber. Para Renata, não basta que a empresa apoie os LGBTs nas redes sociais, mas sim que tome as devidas providências em casos como esse. A passageira disse ainda que irá registrar um Boletim de Ocorrência amanhã, 26 de junho, para cobrar mais respostas da Uber.
Nota da Uber
“Entendemos que o preconceito é um problema que permeia a sociedade e deve ser combatido. A Uber tem uma política de tolerância zero a qualquer forma de discriminação em viagens realizadas em sua plataforma. Definitivamente esta não é a experiência que a Uber deseja oferecer a seus usuários. Assim que soubemos do incidente, tomamos as medidas necessárias para a desativação do motorista citado. A Uber defende o respeito à diversidade e reafirma o seu compromisso de promover o respeito, igualdade e justiça para todas as pessoas LGBTQIA+.”.